Saúde mental de crianças: 6 sofrimentos psíquicos e como agir

Saúde mental de crianças

Conheça 6 sofrimentos psíquicos que podem afetar a saúde mental de crianças.

A saúde mental de crianças exige atenção diária. Emoções intensas podem surgir como medo, tristeza, vergonha, irritação ou isolamento.

Reconhecer cedo os sinais reduz o impacto no aprendizado, nas relações e na autoestima.

Este guia, elaborado pela equipe da Unolife, explica seis sofrimentos frequentes na infância e traz passos simples para acolher, entender e intervir com segurança.

6 sofrimentos psíquicos comuns na infância e como agir

1. Medos de animais, insetos e “monstros”

Entre 3 e 6 anos, a imaginação cresce e os medos costumam aparecer. Quando o medo limita atividades simples, como dormir no próprio quarto ou visitar um parente com cachorro, a criança sofre.

Não minimize o medo e não evite todos os gatilhos, pois isso fortalece a fobia. Valide o sentimento, nomeie a emoção e proponha exposições graduais, sempre com segurança e previsibilidade.

Como apoiar: crie um combinado de aproximação passo a passo, use histórias e desenhos para dar contorno ao medo, ensine respiração lenta e rotinas de relaxamento antes de dormir. Se houver crises intensas e evitamentos persistentes, procure avaliação profissional.

2. Medo da própria morte ou da perda de pessoas queridas

É comum surgir preocupação com a finitude ao notar doenças na família, notícias ou mudanças importantes. O que mais assusta costuma ser a ideia de desamparo.

Silenciar o tema aumenta a angústia. Fale com linguagem simples, responda ao que a criança pergunta, sem detalhes desnecessários, e ofereça previsibilidade de cuidados.

Como apoiar: convide a criança a desenhar e brincar sobre o assunto, valide o medo, explique rotinas de quem cuida dela e mantenha rituais que transmitam segurança. Se o tema virar pensamento repetitivo com sofrimento diário, busque ajuda.

3. Vergonha e timidez excessivas

Inibição social pode impedir apresentações na escola, convívio com colegas e novas experiências. Forçar exposição intensa piora o quadro.

O ideal é construir confiança em etapas, em ambientes previsíveis e com desafios pequenos.

Como apoiar: treine falas curtas em casa, combine papéis em atividades escolares, elogie esforço e não só resultado, modele habilidades sociais por meio de jogos e dramatizações. Se houver sofrimento persistente e prejuízo funcional, procure ajuda especializada.

4. Bullying

Agressões repetidas, presenciais ou online, geram medo, vergonha e isolamento. Tratar como “brincadeira” perpetua o dano. A criança precisa de rede de proteção com família e escola alinhadas.

Como apoiar: documente episódios, comunique a escola formalmente, combine rotas seguras, ensine respostas assertivas e procure suporte psicológico quando houver ansiedade, insônia ou recusa escolar. Em ambiente virtual, salve evidências e ajuste configurações de privacidade.

5. Sentimento de exclusão e solidão

Quando a criança relata não ter com quem brincar, pode haver dor silenciosa. Nem sempre há um “vilão” claro, muitas vezes existe dificuldade de nomear emoções e pedir ajuda. Acolher o relato sem julgamento abre caminho para mudança.

Como apoiar: promova encontros estruturados com pares, insira a criança em atividades em grupo que valorizem cooperação, estimule convite de colegas para brincadeiras curtas e guie conversas sobre sentimentos, sempre com escuta ativa.

6. Sobrecarga mental e estresse

Rotinas cheias, pressão por desempenho, pouco sono e excesso de telas favorecem irritabilidade, dores de cabeça, transtornos de ansiedade e queda no rendimento.

Crianças precisam de pausas, movimento e sono de qualidade para regular emoções.

Como apoiar: revise horários, reduza atividades simultâneas, defina janelas sem tela, garanta tempo de brincar livre e exposição à luz natural. Estabeleça rotina de sono com horários estáveis, quarto escuro e sem dispositivos.

Como identificar a causa do sofrimento

Observe o padrão da criança ao longo de semanas.

  • Registre contextos, intensidade e duração dos episódios.
  • Converse em ambiente calmo, com perguntas abertas, e valide o que ela sente.
  • Fale pouco, escute mais.

Se houver regressão marcante, autolesão, tema de morte recorrente ou prejuízo escolar e social, priorize avaliação profissional.

Saúde mental de crianças: o amparo começa em casa

Rotinas previsíveis, sono adequado, alimentação regular, tempo de qualidade e limites consistentes sustentam a saúde mental de crianças.

Afeto e presença são reguladores emocionais potentes. Evite rótulos, elogie o esforço, compartilhe decisões compatíveis com a idade e mantenha combinados claros.

Quando procurar ajuda profissional

Procure psicólogo ou psiquiatra infantil quando os sintomas durarem mais de quatro semanas, houver risco, impacto relevante no cotidiano ou falha de estratégias caseiras.

A intervenção precoce reduz recaídas e acelera a recuperação.

Prevenção no dia a dia

  • Inclua pausas ativas, atividades físicas prazerosas, brincadeiras simbólicas, leitura compartilhada e conversas curtas sobre emoções.
  • Ensine técnicas simples de respiração, organize o uso de telas e fortaleça o vínculo com a escola.

Essas práticas sustentam a saúde mental de crianças ao longo do crescimento.

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O atendimento psicológico online alcança quem vive longe e se ajusta aos horários da casa. No próprio lar, a criança fica mais à vontade, se expressa melhor e participa com confiança.

FAQs

Quais sinais indicam sofrimento emocional em crianças?

Mudanças bruscas de comportamento, isolamento, medo intenso, regressões, queixas físicas sem causa, recusa escolar, fala sobre morte e automutilação merecem atenção imediata.

Como falar sobre morte com crianças?

Use linguagem simples, responda ao que a criança pergunta, valide a tristeza, explique quem cuidará dela e ofereça rituais de despedida adequados à idade.

Quando a timidez vira problema?

Quando impede atividades escolares e sociais, gera sofrimento e se mantém por semanas. Nesses casos, busque orientação e programe exposições graduais.

O que fazer diante do bullying?

Não minimize. Registre episódios, acione a escola, ofereça rotas seguras, treine respostas assertivas e procure suporte psicológico se houver ansiedade, insônia ou recusa escolar.

Como reduzir a sobrecarga mental infantil?

Revise a agenda, inclua pausas, limite telas, priorize sono e atividades ao ar livre. Mantenha combinados simples e previsíveis em casa.

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