Saiba tudo tudo depressão psicótica, desde o que é até as abordagens terapêuticas mais usadas para tratar!
Depressão psicótica é um tipo de depressão maior em que tristeza intensa e perda de interesse aparecem junto de delírios ou alucinações, onde há o risco de suicídio e a rotina fica mais difícil.
A equipe da Unolife reuniu sinais de alerta, formas de diagnóstico, opções de cuidado e passos práticos para buscar ajuda.
O que é depressão psicótica
É um episódio depressivo com sintomas psicóticos. A pessoa mantém humor baixo, cansaço e desânimo e, ao mesmo tempo, vivencia ideias que não se desfazem com argumentos (delírios) ou percebe sons, vozes e imagens sem estímulo externo (alucinações).
Os temas costumam combinar com o estado emocional: culpa exagerada, sensação de ruína, desvalor ou medo de uma doença “sem cura”.
O diagnóstico precisa diferenciar esse quadro de esquizofrenia e de depressão dentro do transtorno bipolar. Essa definição orienta o tratamento e interfere no prognóstico.
Causas e fatores de risco
A origem é multifatorial, onde interagem predisposição genética, alterações neuroquímicas, eventos estressantes, traumas e padrões de sono irregulares.
- Histórico familiar de transtornos do humor ou psicose.
- Episódios depressivos prévios, especialmente graves.
- Uso ou suspensão abrupta de substâncias psicoativas.
- Doenças clínicas que impactam o cérebro ou hormônios.
- Isolamento social, luto recente, violência ou perdas financeiras.
Sintomas
Os sinais abaixo variam em intensidade. Quando delírios ou alucinações aparecem, o julgamento crítico tende a ficar prejudicado.
Veja os principais sintomas:
- Tristeza persistente, irritabilidade e apatia.
- Perda de interesse por atividades antes prazerosas.
- Cansaço fácil e queda de motivação.
- Dificuldade de concentração e memória.
- Alterações de sono, apetite e peso.
- Ideias de culpa, ruína ou indignidade.
- Delírios, como acreditar que está sendo punido, seguido ou que tem uma doença fatal sem evidência.
- Alucinações auditivas ou visuais, com conteúdo depreciativo ou ameaçador.
- Risco de autoagressão ou suicídio.
Como é feito o diagnóstico
Requer uma avaliação cuidadosa, com diferencial frente a outros transtornos psiquiátricos.
Pelo DSM-5, a pessoa precisa cumprir os critérios de episódio depressivo maior, e também deve apresentar sintomas psicóticos que podem estar em sintonia com o humor ou destoar dele (congruentes ou incongruentes).
Tratamento
Tratar depressão psicótica exige um plano estruturado, monitoramento próximo e participação da família sempre que possível.
Medicamentos
- Antidepressivo para sintomas de humor, energia e interesse.
- Antipsicótico para delírios e alucinações.
- Combinação dos dois é a estratégia mais usada.
Psicoterapia
- Terapia cognitivo-comportamental para reestruturação de crenças negativas e prevenção de recaídas.
- Terapia focada em família para psicoeducação e melhora de comunicação.
- Treino de habilidades para rotina, sono e manejo de estresse.
A terapia por vídeo tem eficácia semelhante à presencial em vários transtornos, e na depressão psicótica, os sintomas podem limitar a saída de casa.
O atendimento online reduz barreiras, mantém o acompanhamento e evita deslocamentos nas fases mais intensas.
Em caso de risco ou confusão importante, é fundamental buscar atendimento presencial.
Eletroconvulsoterapia (ECT)
Opção eficaz e segura para quadros graves, risco iminente, recusa alimentar, catatonia ou ausência de resposta a medicamentos. Costuma reduzir sintomas rapidamente.
Hospitalização e segurança
Indicada quando há risco para si ou para terceiros, incapacidade de autocuidado ou necessidade de ajuste intensivo do tratamento. A prioridade é estabilizar, reduzir sintomas e proteger a vida.
Estilo de vida e suporte
- Rotina de sono, alimentação e atividade física.
- Plano de crise, com contatos de emergência.
- Redução de álcool e outras drogas.
- Rede de apoio ativa e metas simples do dia a dia.
Tem cura?
Falamos em remissão e manutenção. Muitas pessoas alcançam remissão completa dos sintomas com tratamento adequado e seguimento contínuo.
Para reduzir recaídas, o médico pode manter a combinação de fármacos por meses, avaliar a retirada gradual e orientar sinais precoces de piora.
Quando procurar ajuda
Busque avaliação imediata diante de ideias de morte, autoagressão, recusa alimentar, confusão, alucinações intensas ou delírios que coloquem a pessoa em risco. A depressão psicótica é tratável e merece cuidado especializado.
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FAQs
Depressão psicótica e esquizofrenia são a mesma coisa?
Não. Na depressão psicótica, a psicose ocorre junto do episódio depressivo e remite com o tratamento do humor. Na esquizofrenia, a psicose é central e mais contínua.
Qual médico trata depressão psicótica?
O psiquiatra conduz o tratamento e pode trabalhar com psicólogo, clínico e outros profissionais, conforme o caso.
Qual é o melhor tratamento?
Geralmente a combinação de antidepressivo e antipsicótico, associada a psicoterapia. ECT é considerada quando há gravidade ou pouca resposta.
Depressão psicótica tem cura definitiva?
Falamos em remissão sustentada. O objetivo é zerar sintomas e prevenir recaídas com manutenção e acompanhamento regular.
Quais sinais indicam urgência?
Ideias de morte, autoagressão, recusa de alimentos e líquidos, desorientação, alucinações ou delírios com risco. Procure atendimento imediato.
Depressão psicótica pode acontecer no transtorno bipolar?
Sim. Pode ocorrer em fases depressivas do transtorno bipolar. O psiquiatra avalia o histórico para definir o melhor plano de tratamento.