Bullying: Quando Buscar Ajuda Profissional?

Bullying

Saiba quando o bullying precisa de apoio psicológico, reconheça os sinais e veja como a terapia contribui para a recuperação emocional das vítimas.

O bullying é um problema alarmante que afeta milhões de estudantes em todo o mundo, causando sofrimento psicológico muitas vezes invisível aos olhos dos adultos.

Caracterizado por agressões físicas, verbais ou psicológicas repetitivas praticadas por um ou mais indivíduos contra outro, o bullying se manifesta através de intimidações, exclusões sociais, ameaças e humilhações que ocorrem de forma intencional e persistente.

De acordo com dados do DataSenado, aproximadamente 6,7 milhões de estudantes brasileiros sofreram algum tipo de violência na escola em 2023, representando 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados no país.

Quando considerados especificamente os casos de bullying, esse índice salta para 33%, atingindo cerca de 20 milhões de estudantes.

Diante dessa realidade preocupante, é fundamental conhecer os sinais de alerta e saber identificar o momento adequado para buscar ajuda profissional.

A dimensão do problema no Brasil e no mundo

O bullying tornou-se um fenômeno global com números cada vez mais expressivos. Em 2023, houve um recorde histórico de 121 mil notificações de bullying e cyberbullying, o que representa uma média superior a 10 mil casos por mês.

Este aumento significativo nas denúncias demonstra não apenas o crescimento do problema, mas também uma maior conscientização da sociedade sobre a importância de documentar e combater essas situações.

No cenário internacional, o panorama também é alarmante. Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis crianças entre 11 e 15 anos afirma ter sofrido bullying online em 2022.

Ainda mais preocupante é o dado divulgado pelas Nações Unidas, que em pesquisa realizada com 100 mil crianças e jovens de 18 países, constatou que aproximadamente metade deles já sofreu algum tipo de bullying por razões como aparência física, gênero, orientação sexual, etnia ou país de origem.

No ranking internacional do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA) de 2022, o Brasil aparece na 16ª posição, com 20% dos estudantes relatando ter sofrido bullying, enquanto a Costa Rica lidera a lista com 44%.

Sinais de alerta: quando o bullying exige intervenção profissional

Identificar o momento certo para buscar ajuda profissional em casos de bullying é fundamental para evitar consequências mais graves para a saúde mental da vítima.

De acordo com a equipe de terapeutas da Unolife, diversos sinais podem indicar que uma criança ou adolescente está sofrendo bullying e necessita de apoio especializado:

  • Sinais frequentes de traumas físicos, como ferimentos e hematomas, muitas vezes escondidos por roupas inadequadas para a estação;
  • Recusa persistente em ir à escola e queda significativa no rendimento escolar;
  • Perdas frequentes de objetos pessoais;
  • Alterações repentinas e inexplicáveis de humor;
  • Maior tendência ao isolamento social e busca por amizades fora do ambiente escolar;
  • Sintomas psicossomáticos recorrentes, como dores de cabeça e dores abdominais;
  • Alterações nos padrões de sono e alimentação.

Quando esses sinais se tornam evidentes e persistentes, é hora de buscar ajuda profissional.

Uma intervenção psicológica realizada no momento adequado pode prevenir o agravamento dos danos emocionais e ajudar tanto vítimas quanto agressores a desenvolverem estratégias mais saudáveis de relacionamento.

O impacto psicológico e o papel fundamental da psicoterapia

As consequências do bullying para a saúde mental das vítimas podem ser devastadoras e duradouras. Estudos indicam que estudantes que sofreram bullying têm quase o dobro de chance de apresentar sintomas de ansiedade (29,8%) ou depressão (28,5%) em comparação com aqueles que não passaram por essa experiência.

De acordo com especialistas, os efeitos podem incluir desde isolamento social, medo de estabelecer novos relacionamentos e baixa autoestima, até quadros mais graves como depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de pânico e, em casos extremos, ideação suicida.

Um jovem entrevistado na Costa Rica, país com a maior taxa de bullying do mundo segundo o PISA, relatou ter tentado suicídio três vezes como consequência do bullying sofrido.

Nesse contexto, o acompanhamento psicológico torna-se essencial, não apenas para tratar os sintomas já manifestados, mas também para prevenir o surgimento de transtornos mentais mais graves.

O psicólogo online oferece um espaço seguro para que a vítima expresse seus sentimentos, trabalhe sua autoestima e desenvolva estratégias de enfrentamento adequadas.

Por meio de plataformas especializadas, como a Unolife, é possível realizar sessões de psicoterapia com profissionais qualificados sem sair de casa, garantindo a continuidade do tratamento mesmo em situações adversas.

Para uma vítima de bullying que já se sente insegura em ambientes sociais, poder iniciar um processo terapêutico em um espaço onde se sente protegida pode ser determinante para o sucesso do tratamento.

Estratégias de intervenção e a importância da ação coletiva

O enfrentamento do bullying requer uma abordagem multidisciplinar que envolva não apenas os profissionais de saúde mental, mas também educadores, familiares e a sociedade como um todo.

Como explica a professora Lívia Miranda, especialista em violência escolar, “a escola sozinha não resolverá nem enfrentará o problema da violência. A solução depende de combater questões mais profundas, como investigar as causas”.

É fundamental compreender que tanto as vítimas quanto os agressores necessitam de acolhimento e orientação psicológica.

O relatório da UNESCO sobre violência escolar recomenda a implementação de políticas que enfatizem ambientes de aprendizagem seguros, parcerias entre o setor educacional e outros setores relacionados, além de treinamento adequado para professores lidarem com situações de bullying.

Conclusão

O bullying é um problema sério que afeta milhões de jovens em todo o mundo, com consequências potencialmente devastadoras para sua saúde mental e desenvolvimento.

Reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda profissional no momento adequado é essencial para minimizar os danos e promover a recuperação das vítimas.

A psicoterapia, seja presencial ou online, desempenha um papel chave nesse processo, oferecendo ferramentas para que as vítimas possam reconstruir sua autoestima e desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis.

Ao mesmo tempo, é necessário um esforço coletivo que envolva escolas, famílias e sociedade para criar ambientes mais seguros e acolhedores para crianças e adolescentes.

É importante ressaltar que sofrer bullying não é normal nem deve ser minimizado como “apenas uma brincadeira”.

Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, não hesite em buscar ajuda profissional. O suporte adequado pode fazer toda a diferença na superação desse desafio e na construção de um futuro mais saudável e feliz!

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