Depressão e gravidez: como reconhecer e tratar

Depressão e gravidez

Entenda tudo sobre depressão e gravidez, desde aprender a identificar os sinais até quando buscar ajuda!

A relação entre depressão e gravidez exige atenção desde o teste positivo. Oscilações de humor podem passar, já a depressão interfere no bem-estar da gestante e do bebê.

Identificar sinais cedo, buscar diagnóstico e iniciar cuidado estruturado muda o desfecho.

Este guia, desenvolvido pela equipe da Unolife, reúne sintomas, causas, tratamento, quando usar antidepressivo e passos de autocuidado.

Depressão e gravidez: sintomas principais

Nem toda tristeza na gestação é depressão. O quadro depressivo combina intensidade, duração e prejuízo na rotina.

Em depressão na gravidez, observe sinais que persistem na maior parte dos dias por pelo menos duas semanas:

  • Tristeza constante, culpa ou desesperança.
  • Ansiedade, irritabilidade, crises de choro.
  • Perda de interesse nas atividades habituais.
  • Cansaço acentuado, sensação de lentidão.
  • Alterações de sono, insônia ou sonolência excessiva.
  • Mudanças importantes no apetite.
  • Dificuldade de concentração e indecisão.
  • Pensamentos sobre morte ou suicídio.

Sinais de alerta pedem avaliação imediata: ideia de autoagressão, piora rápida dos sintomas, incapacidade de cuidar de si.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico é clínico. Costuma ser feito por obstetra, psiquiatra ou psicólogo com base na história, no exame do estado mental e em escalas validadas, como PHQ-9 e EPDS.

Na gestação, podem ser solicitados exames para afastar condições que imitam o quadro. Avaliam-se função tireoidiana, carências nutricionais e possíveis sinais de diabetes gestacional.

Causas e fatores de risco

A depressão é multifatorial. Na gestação, mudanças hormonais e de sono se somam a aspectos psicológicos e sociais.

  • Histórico pessoal de depressão, ansiedade ou depressão pós-parto.
  • Histórico familiar de transtornos do humor.
  • Gestação não planejada ou contexto de pouco apoio.
  • Estresse crônico, conflitos de relacionamento, dificuldades financeiras.
  • Complicações obstétricas atuais ou passadas.
  • Perdas gestacionais, infertilidade, luto recente.
  • Experiências de violência passada ou atual.

Mesmo sem fatores evidentes, pode haver depressão na gestação. Foco no que a pessoa sente, não apenas no que “explica” o quadro.

Como é o tratamento

O plano é individual e conduzido por obstetra e psiquiatra, muitas vezes com psicoterapia como eixo central. Em caso de depressão na gravidez, combinar intervenções costuma trazer melhor resposta.

  • Terapia cognitivo-comportamental para reestruturar pensamentos e treinar habilidades.
  • Psicoterapia interpessoal para ajustar papéis e rede de apoio.
  • Educação em saúde, sono regular e rotina previsível.
  • Atividade física liberada pelo obstetra, mesmo em baixa intensidade.
  • Envolvimento do parceiro e da família no plano de cuidado.

Quando o risco funcional é alto, o médico pode indicar medicamento, sempre ponderando benefício materno e segurança fetal.

O uso de antidepressivo é considerado quando a psicoterapia isolada não basta, quando a depressão é moderada a grave ou há risco de recaída importante.

Para muitas gestantes, buscar ajuda psicológica ainda carrega um estigma social significativo. A terapia online oferece maior privacidade e discrição, facilitando a continuidade do tratamento antes, durante e após o parto.

Autocuidado prático para o dia a dia

  • Organize horários de sono e sonecas, priorize descanso.
  • Planeje pequenas pausas de cuidado pessoal.
  • Faça movimento regular liberado pelo obstetra, caminhada já ajuda.
  • Mantenha refeições simples e nutritivas, hidratação adequada.
  • Limite notícias e redes quando piorarem a ansiedade.
  • Combine tarefas com parceiro e família, peça ajuda objetiva.
  • Aprenda técnicas breves de respiração e aterramento.

Autocuidado não substitui tratamento, é parte do plano. Em depressão na gravidez, cada pequeno ajuste soma para estabilizar humor e energia.

Conheça a Unolife

A Unolife nasceu para cuidar de pessoas. Atuamos em saúde mental e qualidade de vida, unindo atendimento clínico, conteúdos claros e orientação prática.

Nossa missão é abrir portas. Facilitar o acesso à informação confiável e a tratamentos que funcionam, com atenção especial à saúde mental perinatal.

Com escuta qualificada, acompanhamento contínuo e uma rede de apoio bem estruturada, a maternidade deixa de ser um desafio solitário. É possível atravessar essa fase com segurança e viver uma experiência mais plena.

FAQs

A depressão pode afetar o bebê?

Sim. Sem cuidado, a gestante tende a comer e dormir pior, faltar a consultas e apresentar maior risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Com diagnóstico e tratamento, esse risco cai.

Quais são os riscos do uso de antidepressivo na gestação?

Podem ocorrer sintomas neonatais transitórios, como irritabilidade e dificuldade de sucção. A decisão é individualizada e considera a gravidade do quadro e a resposta à terapia. Interromper por conta própria é arriscado.

Quando devo buscar ajuda imediata?

Se houver ideia de autoagressão, piora rápida, incapacidade de realizar tarefas básicas ou isolamento intenso. Avise seu obstetra e procure avaliação em saúde mental sem demora.

Posso amamentar usando antidepressivo?

Alguns fármacos são compatíveis com a amamentação. A escolha depende do medicamento, da dose e da resposta clínica. Ajustes são feitos pelo psiquiatra em conjunto com o pediatra.

Terapia ajuda mesmo em casos moderados?

Sim. Terapia cognitivo-comportamental e terapia interpessoal têm boa evidência para reduzir sintomas e prevenir recaídas, inclusive quando combinadas ao uso de antidepressivo.

Qual a diferença entre tristeza e depressão na gestação?

Tristeza varia ao longo do dia e não compromete a rotina. Depressão é mais intensa, dura semanas e causa prejuízo no trabalho, nos estudos e nas relações. Persistindo sinais, procure avaliação.

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